quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Equilíbrio isostático

Nos finais do século XIX, muitos geólogos começaram a recolher várias evidências de que as linhas de costa, por exemplo, numa determinada zona costeira, tinham mudado ao longo do tempo geológico em algumas zonas do Globo.


Denomina-se habitualmente teoria da isostasia às hipóteses que procuram interpretar as compensações que ocorrem em profundidade dos relevos superficiais em função do seu peso (densidade). Sendo a astenosfera uma camada constituída por material com um comportamento plástico, a litosfera, menos densa, está em equilíbrio sobre esta zona do manto superior, ou seja, o equilíbrio é conseguido através de um ajustamento do tipo isostático com movimentos verticais de ascenção e descida dos diferentes materiais. Se a litosfera se encontra em equilíbrio isostático com a astenosfera, tal significa que em qualquer zona da Terra a litosfera deve ter igual peso. 


Leg. Modelo do equilibrio isostático


Os mecanismos de conservação do equilíbrio designados por ajustamentos isostáticos foram defendidos em meados do século XIX por dois geofísicos britânicos, John Pratt e George Airy. As duas hipóteses apresentavam algumas diferenças.

 O modelo referido por Airy, postula que as diferenças topográficas de altitude são compensadas por variações na espessura da crusta, da mesma forma que o peso de uma embarcação é compensada pela variação do seu calado. O modelo referido por Pratt, que postula que as diferenças em altitude resultantes da topografia da Terra são compensadas por variações espaciais  da densidade das rochas constituintes da litosfera.


Escandinávia



Segundo Niskanen, a situação particular da Escandinávia resulta do facto de no último milhão de anos esta zona estar coberta por uma "calote" glaciária, o que obrigaria a um equilíbrio isostático de acordo com essas condições.
 Há cerca de 12 000 anos, no período pós-glaciário, com a fusão dessas massas de gelo que cobriam a Escandinávia, as raízes do bloco escandinavo tornaram-se demasiado profundas para um baixo-relevo superficial.
Tal situação conduziu a um reequilíbrio que hoje se encontra quase concluído. Embora à escala da duração da vida humana este fenómeno pareça ser muito lento, ele é considerado quase instantâneo à escala geológica.



Leg. Imagem da situação da Escandinávia.
 Reflexão:

Com este post podemos perceber que ja desde o sec. XIX se estuda os modelos isostáticos para justificar o relativo equilíbrio isostático que se verifica na Terra tendo-se recorrido a vários modelos explicativos que tentam descrever os processo que conduzem, face às constantes perturbações impostas pela geodinâmica, à retoma da estabilidade. Sendo desses modelo elaborados por Pratt e Airy os mais aceites pela comunidade de geologia. No caso da Escandinávia é bom caso a estudar pois exemplifica bem o equilibrio isostático.





Fontes:

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Modelos de Convecção Mantelica

A Convecção Mantélica


O movimento das placas litosféricas pressupõe a existência no interior da Terra de uma força geradora desse movimento. O motor que acciona o movimento das placas denomina -se Geotermia, dentro da qual destaca se a Radioactividade, a Contracção gravitacional e o Bombardeamento primitivo.
Várias teorias tentam explicar os mecanismos geradores destes movimentos energéticos, situados no manto.
Pensa-se que os materiais rochosos do manto terrestre descrevam movimentos cíclicos de convecção, de forma muito lenta.



O PRIMEIRO MODELO DE CONVECÇÃO


MODELO DE HOLMES



Holmes defendeu que as quantidades de calor existentes no interior da Terra seriam suficientes para criar no manto correntes de convecção térmica, ou seja, a transferência de energia calorífica através de um fluido, as quais poderiam ser as grandes responsáveis pela ruptura, separação e posteriores deslocamentos laterais dos continentes.
O fluxo térmico ao longo das dorsais oceânicas excede 8 a 10 vezes o valor médio da totalidade dos oceanos. Em média, nas fossas o fluxo térmico é muito inferior àqueles valores. As zonas de dorsais correspondem a locais de ascensão das correntes de convecção e as fossas a locais de descida daquelas correntes.

Leg. Modelo de Holmes




Holmes defendeu, assim, que:

  • Parte do calor interno da Terra é libertado através dos ramos ascendentes das correntes de convecção, pelo que a eles se associa um fluxo geotérmico elevado.

  • Os movimentos de convecção no manto poderiam ser o motor do movimento da Deriva dos Continentes defendido por Wegener.

Modelo B -circulação a dois niveis

O modelo B prevê a existência de dois níveis de convecção: 
  • Um no manto inferior e outro no manto superior. 

  • A subdivisão do manto em duas camadas, a cerca de 660 km de profundidade, assinala uma transição que impede o modelo de convecçãoprofunda. 

  • Neste modelo, o ramo ascendente da corrente de convecção do manto inferior aquece as rochas da base do manto superior, as quais iniciam, na mesma direcção, o seu movimento de ascensão. O inverso se passa com o ramo descendente da corrente de convecção.

Modelo C - Penetrativo

  • É um modelo mais complexo de convecção, no qual os materiais rochosos do manto inferior, durante o seu movimento horizontal de convecção, na proximidade da transição manto inferior-mantosuperior, transferem calor para as rochas do manto superior que iniciam o seu movimento de convecção na mesma direcção. 


  • A submersão, no manto superior por arrefecimento dos materiais rochosos, ocorre na mesma direcção da ascensão do manto inferior.


Leg. modelo de convexão penetrativo
Internet:



Livros:
FÉLIX, José Mário; SENGO, Isabel Cristina; CHAVES, Rosário Bastos, Geologia 12, 1ªEdição, Porto Editora, 2010




Relexão


Existem três modelos de convecção, o modelo de circulação convectiva a dois níveis, o modelo de circulação convectiva num só nível e o modelo de convecção penetrativo.
Apesar de relativos e temporais os modelos permitem-nos dar explicações e fomentar a discução académica conduzindo á melhora dos mesmos .
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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Fotografia Macro

Alguns modelos de máquina fotográfica digital possuem uma lente que permite fotos de quatro cm, três cm ou até menos distancia do objeto. Esse tipo de fotografia captura os mínimos detalhes dos objetos, detalhes até que não podem ser vistos a olho nu. Fotos de macro são utilizadas geralmente para obter fotos de insetos, pequenas peças, olhos (de perto), flores e etc. No modo macro, o zoom é extremamente limitado.

Fonte do texto (Hiperligação)

Leg. Fotografia Macro de um fossil

Regra dos terços

Regra dos Terços é uma técnica utilizada na fotografia para se obter melhores resultados. Para utilizá-la deve-se dividir a fotografia em 9 quadros, traçando 2 linhas horizontais e duas verticais imaginárias, e posicionando nos pontos de cruzamento o assunto que se deseja destacar para se obter uma foto equilibrada.




Leg. Foto tirada com a regra dos terços

Foto em HDR

O que chamamos hoje de HDR é uma técnica que – simplificando ao máximo – faz fotos terem o máximo de detalhes mesmo quando a cena fotografada tem muito contraste. Usando esta técnica conseguimos mostrar os detalhes na sombra e na luz, ao mesmo tempo.
Essa técnica já é usada a muito tempo, inclusive com filme. Mas é com o digital que ela ganhou força, sendo mais fácil aplicá-la em diversas situações.




Leg. Foto HDR
Leg. Foto antes do HDR


 

Foto panorâmica

Fotografia panorâmica, assim como a palavra "panorama", refere-se a uma vista inteira de uma área circunvizinha. As fotografias panorâmicas tentam capturar tal vista.
Não há nenhuma definição formal para o ponto em que "ângulo largo" termina e "panorâmica" começa, mas uma imagem verdadeiramente panorâmica deve capturar um campo de vista comparável (ou maior do que) a do olho humano, que é de 160° por 75°, e deve fazer assim ao manter os detalhes precisos através do retrato inteiro.
Atualmente, é possível fazer fotografias panorâmicas em qualquer proporção com o uso de câmera fotográfica comum e scanner, ou mesmo câmeras digitais. Há software especial para tal, capaz de combinar várias fotos em uma única imagem, atingindo uma visão de até 360 graus.
Fonte do texto (hiperligação)


Leg . Foto panorâmica de um espaço da Escola Secundária de Fafe


terça-feira, 11 de outubro de 2011

Diamante


Leg : diamante
Fonte da imagem ;(hiperligação)

O diamante é carbono puro que constitui um xenocristal de inclusão em rochas ígneas, arrastadas de grandes profundidades até níveis superiores da crusta, estes xenocristais vêm incluídos em quimberlitos ou lamproítos, que se desenvolveram entre 150 km a 200 km de profundidade, e que, através de fluxos de lava que se elevaram pelas fissuras da crusta a grandes velocidades (cerca de 60km/hora). Sem essas condições, a velocidades mais lentas, os diamantes deteriorar-se-iam, a ponto de formar grafite, pois a sua constituição base é a mesma, carbono puro, as condições de formação é que são distintas. Esses fluxos de lava que arrastam as rochas diamantíferas são designadas de “vindas quimberlíticas”, e os seus cones, ou fissuras, que podem ter formas cónicas ou elípticas são designadas de “chaminés quimberlíticas”, quimberlito é a rocha mãe do diamante que é uma rocha intrusiva (Gouveia, J.A. da Cunha, ICE, 1993).

O diamante é um mineral cristalizado, que pela sua raridade e suas características físicas, como, ser transparente ou translúcido, ou pelo seu brilho e sua forma, o leva a ser eleito a “gema das gemas”, e que por essas razões é comercializado como jóia, cujo valor comercial elevado, em parte devido à raridade, mas também devido à especulação exercida sobre as produções, que na verdade não se revelam de tal escassez em relação à procura.

Reflexão :
A geologia é muitas vezes banalizada, desvalorizada pelo facto de estudar rochas vulgares que não têm muito interesse , esquecendo-se um pouco estas coisas magnificas que a natureza nos dá , as pedras preciosas , pedras únicas que podem atingir valores extremamente altos . É bom termos a consciencia que a geologia estuda o nosso passado mas não estuda só '' ossos velhos '' ou '' calhaus ''  o que para muitos é considerado uma perda de tempo ,  esquecendo-se de que se os geologos nunca estudassem rochas vulcânicas o diamante nunca teria sido descoberto !

domingo, 2 de outubro de 2011

Camarões Surpreendentes !

 Nos fundos oceânicos existem zonas de intensa actividade vulcânica. Existem as chamadas "fontes quentes", que estão permanentemente a expelir lava e gases. No entanto não são zonas desabitadas, pois milhares de camarões em seu redor, alimentando-se de bactérias que crescem próximo destas nascentes de água quente. Pode ter sido em locais como estes que começou a vida na Terra.


Leg. camarões marinhos sob vulcão em erupção



Reflexão :
       Estes camarões são extraordinários ! A lava, que nada mais é que rocha em estado de fusão (cerca de 1.400 ºC) produzindo dióxido de enxofre deixando a água ao redor com pH muito ácido; mesmo assim, a Seleção Natural promoveu espécies que estavam adaptadas àquelas condições extremas. Isto é de tal forma inacreditavel que há quem acredite que Deus foi quem colocou lá microbios para se alimentarem e que são protegidos para conseguirem aguentar aquelas temperaturas .